PRELIMINARES
Esta breve síntese de princípios e regras visa consciencializar os yoguis da responsabilidade que assumem ao praticar e ensinar, apontando um quadro geral que lhes permita estar em harmonia com as leis do Universo.
A base do Código de Ética é estabelecer o padrão de trabalho e as atitudes próprias de um Yogui.
A APY foi formada com o propósito de promover uma associação de professores e praticantes e de manter as eternas verdades do Yoga, cujos métodos específicos e técnicas de controlo físico, emocional e mental, visam o desenvolvimento de uma saúde perfeita e da iluminação espiritual.
O ensinamento do Yoga deve ter em conta a cultura portuguesa e contribuir para o aperfeiçoamento dos praticantes e consequentemente do país e da humanidade.
Yoga é uma ciência de carácter universal, sem distinção de raça, credo ou religião, exigindo somente o desejo individual de praticar auto-disciplina e auto-conhecimento.
É dever dos Yoguis procurar um melhor entendimento e vivência da Natureza e suas leis.
Cada Sócio é solicitado a ler e aceitar o código de ética antes de ser admitido pela Associação.
BASE TRADICIONAL
A base moral da prática do ensino do Yoga, continua a inspirar-se nos preceitos estabelecidos pelos mestres, ao longo dos séculos, dos quais são considerados como fundamentais os que o sábio indiano “Patanjali” sintetizou nas suas instruções sobre Rajá Yoga:
YAMAS – ObservaçõesAHIMSA – Não-violência.
SATYA - Verdade
ASTHEYA – Honestidade
BRAMACHARYA – Controlo da energia sexual.
APARIGRAYA – Desapego.
NYAMAS – Rectificações
SCHAUCHA – Pureza.
SANTOSHA- Contentamento.
TAPAS – Esforço.
SWADHYA – Estudo de si próprio e dos Textos tradicionais.
ISHVARA PRANIDHANA – Aspira-ção e consagração a Deus.
É da observância dos preceitos atrás mencionados que resultam as virtudes para a prática e o ensino do Yoga, pelo que os praticantes e professores basearão o seu comportamento nestes princípios.
NORMASI – Um Yogui deve agir sempre e em qualquer circunstância em conformi-dade com as leis do Universo. Seus pensamentos, palavras e acções devem estar de acordo com a sua consciência e os princípios Yoguicos. Seus princípios e propósitos devem ser sempre inspirados pelo espírito de devoção a um ideal yóguico e ao desejo do bem dos seus semelhantes.
II - Um professor de Yoga, deve estar pronto a recomendar que um estudante procure o conselho de outro professor, dentro da Associação, em caso de necessidade. A troca de professores deve ocorrer com conhe-cimento completo das razões que a motivam por ambos os professores. Proteger-se-á, desta forma, a regra de lealdade ao(à) professor(a).
III – O(a) professor(a) de Yoga deve coleccionar (pesquisar) o conheci-mento de maior valor para um(a) estudante em dado momento e não deve ensinar-lhe o que ele(a) não esteja pronto(a) a compreender e a fazer uso construtivo.
IV – O(a) professor(a) de Yoga deve recomendar ao(à) estudante que procure um médico habilitado ou natu-ropata para indicação do tratamento natural apropriado a algum distúrbio de saúde que não possa ser sanado pela prática do Yoga.
V – O Yogui não deve ser partidário do uso de bebidas alcoólicas, fumo, sedativos ou drogas de qualquer espécie. Deve pois empenhar-se em ser um bom exemplo de: asseio, pureza física e hábitos.
VI - É contra a ética um professor(a) condenar qualquer membro compa-nheiro(a) da Associação, na sua ausência. Uma atitude de respeito profissional deve ser sempre observada com o objectivo de manter-se a harmonia e a unidade dentro da profissão, em defesa da honra e reputação dos seus companheiros professores.
VII – Qualquer anúncio nos meios de comunicação social, deve ser apresentado de forma adequada ao espírito do Yoga.
VIII – O(a) professor(a) de yoga não deve de forma alguma, fazer falsas declarações dos seus poderes e condicionar um estudante à sua vontade através de declarações falsas, com intenção de ocasionar sensacio-nalismo ou desejo de aquisição de poderes psíquicos pelo(a) estudante.
IX – As Actividades da APY têm o propósito de aprofundar e transmitir os ensinamentos do Yoga, na sua pureza e universalidade, pelo que nenhum Yogui deve usar o trabalho ou actividades da Associação para bene-fício próprio, financeiro ou publicitário. Também não se deverá servir da Associação para propagar sectária-mente posições políticas, sociais, religiosas e espirituais.